segunda-feira, 22 de maio de 2017

CCISS presente na visita do Primeiro-Ministro á ilha do Maio




O Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva realizou uma visita á Ilha do Maio durante 3 dias, visita essa que para alem do Vice-Presidente da CCISS, Sr. Rui Amante da Rosa, foi acompanhado por várias entidades - tanto do sector privado, como do sector público - para promover o sector da economia local.

Durante a sua visita o Primeiro-Ministro esteve no empreendimento “Salinas Beach Resort”, e afiançou que o governo tem todo o interesse em que esta obra seja concluída, para que se crie uma oferta hoteleira de qualidade na ilha, tendo sublinhado que tanto o executivo como a banca que financiou este investimento estão a envidar esforços em vista à retoma e finalização deste projecto, embora sendo um investimento privado.

Ulisses Correia e Silva adiantou que o turismo foi escolhido como o sector prioritário para a ilha do Maio, a par dos sectores da indústria extractiva como o sal, a construção civil e a aquacultura, indicando que o governo já tomou e está a tomar um conjunto de iniciativas para melhorar a questão de acessibilidade à ilha do Maio, tanto a nível dos transportes aéreo como marítimo, razão pela qual “está convicto” de que a ilha está num bom caminho para o seu desenvolvimento.

“Já há prazo para colocação e reabilitação do sistema “roll on roll off” do porto do Maio, pelo que pensamos que em meados de 2019 teremos o porto pronto para operar com barcos tipo Liberdade, da Fast Ferry, que é um dos grandes constrangimentos que temos hoje na ilha e criar todas as condições para despoletar o seu desenvolvimento”, frisou o Primeiro-Ministro durante a sua visita.

“Temos a consciência muita clara de que a ilha do Maio tem um grande futuro, está a começar mais tarde do que as outras ilhas, mas queremos que tenha um desenvolvimento turístico ordenado, planeado, um turismo de alto valor acrescentado para o mercado mais específico de maior rendimento. Precisamos é fechar o processo de planeamento, atrair bons investidores, fazer os investimentos em infraestruturas em consequência”, notou lembrando por outro lado, que a construção de um novo aeroporto está dentro do pacote de investimento que o executivo prevê para ilha nos próximos tempos. Embora não tenha indicado uma data exacta para a sua construção, explicou que a prioridade é a expansão e iluminação do actual aeroporto, por forma a possibilitar voos mais regulares e voos internacionais para se poder vender o destino turístico do Maio.

O Presidente da Câmara Municipal do Maio, Miguel Rosa disse, disse por seu lado, que a autarquia está a receber as notícias avançadas pelo primeiro-ministro com “muita expectativa e satisfação”, porque a edilidade pretende alavancar o desenvolvimento da ilha “para estancar a saída em massa da camada jovem” para outras ilhas.

De acordo com o autarca, o sector do turismo e a questão de acessibilidade fazem, segundo a fonte que vimos citando, rol dos problemas apresentados ao executivo e neste momento existem boas perspetivas para a resolução dos mesmos.

Por seu lado o Vice-Presidente da CCISS Rui Amante da Rosa confirmou que ainda neste semestre será inaugurada a representação da CCISS nessa Ilha, numa parceria com a Câmara Municipal e a Casa do Cidadão.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Missão do BAD e ONU Mulheres em visita de trabalho na CCISS





Uma missão da agência das Nações Unidas, ONU Mulheres em Cabo Verde e do BAD Banco Áfricano de Desenvolvimento realizou uma visita de trabalho na CCISS no passado dia 10 de Maio. A referida missão encontra-se no País para a elaboração do Perfil de Género em Cabo Verde,  iniciativa essa que tem sido realizado em outros países numa estreita parceria entre o Banco Africano de Desenvolvimento e a ONU Mulheres.

A Missão foi recebida pelo Vice-Presidente da CCISS Gil Évora e pela Directora do Desenvolvimento Empresarial, Libéria Brito e trocou várias impressões sobre o sector informal da economia caboverdeana, em particular os trabalhos desenvolvidos pela CCISS na tentativa de trazer as mulheres empresárias do sector informal para o formal. Era chefiada pelo Sr. Mamadou Bobo Diallo, Especialista em Autonomia Económica, integrava também o Sr. Maro Kouakou, Economista e Estatistico em Género junto do BAD, a Sra. Kathleen Barnett, Consultora em Género e Ekvity Santos Responsável de Comunicação da ONU Mulheres Cabo Verde.

Segundo os Consultores presentes no encontro este instrumento sumariza as questões, necessidades e recomendações para o avanço da igualdade de género e do empoderamento das mulheres do país. No caso de Cabo Verde pretende-se que o Perfil de Género sirva como mais um instrumento que se somará aos já existentes, nomeadamente Programa de Governo, PEDS e Plano Nacional de Igualdade de Género, sobre a visão global para a República de Cabo Verde a nível de politicas públicas e iniciativas legislativas bem como judiciais,  e também  como um documento orientador para futuros programas da ONU Mulheres em Cabo Verde e do Banco Africano de Desenvolvimento, bem como para outros parceiros de desenvolvimento tanto nacionais como internacionais.

A equipa informou que durante esta missão a Cabo Verde espera obter insumos essenciais para o Perfil de Género em Cabo Verde a partir do conhecimento e experiência do Governo e da sociedade civil. A equipe resumirá esses insumos e apresentará recomendações preliminares em um workshop no final da missão para comentários e sugestões adicionais das partes interessadas. A ONU Mulheres e o BAD desenvolverão um Perfil de Gênero de 20 páginas para Cabo Verde, destacando as questões de género em setores-chave de desenvolvimento, com recomendações para prioridades de políticas e programas e para mais análises de género conforme necessário.

Embaixador do Rwanda em visita de cortesia na CCISS






O Embaixador do Rwanda acreditado para Cabo Verde e com residência em Dakar, Sr. Mathias Harebamungu,  realizou na tarde de quinta-feira, 4 de Maio uma visita de cortesia á CCISS. O Embaixador foi recebido pelo Presidente e Vice-Presidente da CCISS respetivamente Jorge Spencer Lima e Gil Évora que deram as boas vindas e posteriormente trocaram impressões sobre o sector privado caboverdeano e o sector privado ruandês.  

Mathias Harebamungu informou ser sua intenção fazer a aproximação entre os sectores privados dos dois países e informou estar disponível para apoiar uma visita empresarial ao Rwanda. Na sua explanação explicou também que o governo ruandês desenvolveu uma politica de reformas profundas e encorajamento e desenvolvimento do sector privado dando-lhe prioridade nas privatizações realizadas no País e disse que o governo pratica uma politica aberta para com os investidores estrangeiros que desejem fazer a sua aposta no País. 

Por esse facto o Rwanda galgou várias posições do Doing Business e hoje é considerado um país-modelo em termos das reformas empreendidas. Por ultimo informou que muito em breve a companhia aérea Air Rwanda abrirá uma rota que fará Kigali – Bamako – Dakar pelo que estarão mais perto de Cabo Verde, havendo mesmo a possibilidade de poderem prolongar até á Praia.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Reforma da Politica Industrial em debate na CCISS





Teve lugar no passado domingo, dia 23 um encontro alargado entre os operadores industriais, a CCISS e o Governo com o intuito de se discutir o documento de reforma da politica industrial em Cabo Verde. O Governo esteve representado pelos Ministros da Economia e Emprego, José Gonçalves e pelo Ministro das Finanças Olavo Correia e contou também com a presença do Presidente da CCISS Jorge Spencer Lima e de vários operadores industriais. A CCISS desenvolveu uma proposta ao governo para reformar o quadro da política industrial existente e propôs um conjunto de medidas políticas para melhorar a atratividade do investimento na atividade industrial em Cabo Verde.


No âmbito deste trabalho a Câmara de Comércio de Sotavento reuniu os operadores industriais da região por duas vezes para a discussão do documento visando auscultar e recolher contribuições para fundamentar a proposta que foi apresentada ao governo no passado domingo.

O estudo desenvolvido ao longo dos últimos meses e discutido no passado domingo com o Governo identificou várias linhas de força da área industrial que mereceram várias contribuições dos operadores industriais presentes. O estudo identificou as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do sector industrial e formulou pistas para a reformulação da politica industrial em Cabo Verde. 


No capítulo das forças tiveram particular destaque questões relacionadas com a determinação dos operadores industriais nacionais, o empreendedorismo dos operadores industriais nacionais, a capacidade de inovação dos operadores industriais nacionais, a capacidade de assunção de riscos pelos operadores industriais nacionais, o nível de investimentos realizados pelos operadores industriais nacionais e a qualidade dos produtos dos operadores industriais nacionais. No domínio das fraquezas foram identificadas como principais a indisponibilidade de mão de obra qualificada para o sector (formação inadequada para fins industriais), a inexistência de escolas industriais, e a fraca capacidade financeira dos operadores industriais nacionais.

 No entanto foram também identificadas as oportunidades do sector, particularmente a dinâmica do mercado turístico, e as oportunidades de internacionalização via CEDEAO, AGOA, SPG+ e Diáspora. Por ultimo os operadores industriais abordaram também as ameaças que pairam sobre o sector industrial nomeadamente o elevado custo dos fatores (água, energia, telecomunicações), o alto custo e irregularidade de transporte inter ilhas, as políticas públicas e práticas, as dificuldades de financiamento e acesso ao crédito, a pequena dimensão do mercado interno e a indisponibilidade de matéria prima.


Durante a discussão tida o Ministro das Finanças Olavo Correia congratulou-se com a apresentação do documento e informou que é inadiável a aposta numa Política Industrial Nacional, a condizer com as referências em todos os documentos estratégicos do País, as quais destacam-na como um dos elementos fundamentais para o alargamento da base produtiva, a diversificação da economia e o aumento das exportações, da criação de capacidade de oferta ao mercado turístico em acelerado crescimento, à substituição substancial de importações e, consequentemente, para a o aumento do potencial de crescimento da economia, criação de emprego e redução da pobreza.

Por sua vez o Ministro da Economia e Emprego realçou o facto de que a procura de soluções deve ser sempre feita em conjunto, com parcerias como estas entre o sector publico e o sector privado e que no caso da Industria o documento ora apresentado mostra claramente quais os caminhos que deveremos percorrer para que o sector tenha uma maior participação no produto interno bruto.

Por fim o Presidente da CCISS reforçou o facto do País não poder estar dependente da monocultura do Turismo uma vez que este sector não é controlado por nós mas sim por forças exteriores, pelo que a aposta no desenvolvimento sectorial revela-se preponderante e acertada.



Conselho Nacional do Desenvolvimento Empresarial junta Governo e Associações Empresariais




O Governo e as Associações empresariais reuniram-se no dia 24 de Abril de 2017 no Palácio do Governo o Conselho Nacional do Desenvolvimento Empresarial sob a Presidência de S. Excia o Sr. Primeiro-Ministro Dr. Ulisses Correia e Silva para análise e assinatura de importantes documentos para o sector privado. Estiveram presentes os representantes da classe Empresarial, a saber a CCISS, a CCB-AE, a CTCV, a AJEC, a AMES, a Associação dos Empresários da Construção Civil, bem como os Ministros da Economia e Emprego José Gonçalves e a Ministra das Infraestruturas Eunice Silva.

Esta reunião do CNDE, a quarta desde a sua implementação, teve como objetivo a implementação de um conjunto de atividades de capacitação técnica e institucional visando a melhoria do Ambiente de Negócios, a racionalização e facilitação dos serviços Públicos de Suporte á iniciativa privada e a melhoria da competitividade do sector privado nacional. 

A reunião foi aberta pelo Primeiro-Ministro Ulisses Correia Silva que reiterou que a visão estratégica do país nos próximos anos deverá ser focada no desenvolvimento de parcerias para a competitividade, através da criação de uma economia dinâmica, inovadora e inclusiva baseada num sector privado forte e competitivo, que seja capaz de enfrentar os desafios do país e satisfazer a demanda interna. O Primeiro-Ministro sublinhou ainda a aposta do Governo num Estado inteligente, focado na regulação e fiscalização das atividades económicas, um Estado amigo da economia, das empresas e dos empresários. Para Ulisses Correia o seu Governo aposta claramente numa estratégia de facilitação do desenvolvimento económico que deverá acelerar a reforma da administração pública, reduzindo para níveis aceitáveis os handicaps de natureza juridica e administrativa, melhorar a posição do país no ranking do “doing business”, mas igualmente colocando à disposição do Setor Privado, mecanismos de que necessita para o seu crescimento.

Do lado do sector privado tomou palavra em primeiro lugar o Presidente da Câmara do Turismo de Cabo Verde, Dr. Gualberto Rosário que abordou o tema sobre o Ambiente de Negócios em Cabo Verde propondo medidas concretas a curto. Médio e longo prazo para uma melhoria real e qualitativa desse ambiente de negócios.

Em seguida a Dra. Edna Mascarenhas, Coordenadora do “Doing Business” apresentou aos membros do CNDE o plano de ação para a melhoria da competitividade do País tendo em vista o cumprimento do objectivo do País de entrar para o Top 50 do Doing Business. Posteriormente o Vice-Presidente da CCISS e Administrador-Delegado da Tecnicil Industria, Engº Julio Almeida, falou sobre a Reforma da Politica Industrial, tendo feito a apresentação sucinta do documento sob o mesmo nome, elaborado pelas CC´s em parceria com o Governo.

Por ultimo o Presidente da CCB-AE, Dr. Belarmino Lucas, falou sobre a delegação de competências do sector público para o sector privado, enfatizando que esta delegação de competências insere-se na estratégia do Governo de uma Cooperação Público-Privada para o empoderamento do Setor Privado Nacional. Para o Presidente da CCB-AE, o empoderamento do Setor Privado traduz-se assim na assunção, pelas Câmaras de Comércio e do Turismo, de um conjunto de competências relacionadas com serviços públicos de suporte á atividade económica, ao mesmo tempo que se potencia a sua capacitação técnica e institucional para o efetivo engajamento no processo de cooperação.

Por fim passou-se para a assinatura dos 2 Acordos de Cooperação Publico-Privados, o primeiro que tem a ver com a Melhoria do Ambiente de Negócios e o segundo que diz respeito á delegação de competências do sector público para o sector privado.

No final do encontro os representantes do sector privado manifestaram a sua satisfação pelos esforços que vêm sendo desenvolvidos pelo Governo com vista a uma melhoria do ambiente legal e institucional favorável ao desenvolvimento de negócios, á modernização do sector económico, ao reforço da competitividade das empresas, á diversificação dos mercados e dinamização das trocas comerciais, designadamente, com a CEDEAO.