quarta-feira, 24 de março de 2010

Seminário "Publicidade e os Desafios para o Século 21"

A Marka – Asssociação Cabo-Verdiana de Profissionais e Entidades de Marketing e Publicidadee promove nesta quinta-feira (25), a partir das 9 da manha no Hotel Praia Mar, o Seminário “Publicidade – Desafios para o Sec.21”. O evento acontece dentro da abertura da Assembléia Geral da Confederação da Publicidade dos Países de Língua Portuguesa.

Na sexta-feira (26), as 15 horas, no Auditório do BCA em Chã de Areia, a Marka realiza um segundo seminário “Online e Tecnologias de Informação".

Os seminários terão como oradores a Dra. Sofia Barros da Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação, o Dr. Carlos Pereira da CV Móvel, o Eng.º Rui Fortes da CV Multimédia e o Eng.º Paulo Martins da Prime Consulting.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Seminário “Competitividade entre Destinos Turísticos”


Em tempos de crise com o consequente aumento da concorrência internacional, é necessária uma rápida mudança em termos de posicionamento estratégico. Urge a necessidade de cooperação entre os actores do sector do turismo com intuito de identificar e potenciar factores diferenciadores que definam Cabo Verde como um destino único e de excelência.


E assente neste enquadramento, potencial do turismo e sua importância no desenvolvimento de Cabo Verde, conjugado com a crescente concorrência Mundial e a necessidade de desenvolver factores de diferenciação, que a MundiServiços com o apoio promocional da CCISS propõe a realização do seminário “Competitividade entre Destinos Turísticos”.


Em anexo segue o material de apoio com maiores informações. Os interessados devem preencher a ficha anexa e enviar por fax ou e-mail, até dia 12 de Março, para a Mundiserviços: Fax: 262 24 74

E-mail: ana.rodrigues@mundiservicos.pt


Seminário “Competitividade entre Destinos Turísticos”
Dia 18 de Março de 2010
Horário: 15:00 – 18:30
Local: Sala de Formação da CCISS, Achada de Santo António – Praia

Realização: Mundiserviços
Apoio Promocional: CCISS


segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher?

Pois é. A julgar pelo artigo publicado n'A Semana Online, hoje 8 de Março, os únicos desafios que a mulher Cabo-verdiana enfrenta são domésticos.
Mas a verdade é que as mulheres Cabo-verdianas gerem mais de metade dos departamentos do Estado; Cabo Verde impressiona a comunidade internacional pela tranquilidade com que as mulheres participam na governação; entre as empresas associadas da CCISS, é patente a participação intensiva das mulheres - enquanto investidoras, chefias e executivas - no sector empresarial; as mulheres participam enquanto iguais nas profissoes liberais; e - e talvez seja este o elemento mais importante deste argumento - os pais Cabo-verdianos sempre investiram na educação das meninas na plena medida das suas possibilidades.

Nada disto é referido no texto. Nem é discutido o facto de que a maioria das famílias Cabo-verdianas são chefiadas por mulheres; muito menos que isto não indica automaticamente a vitimização, mas sim uma responsabilidade superior pelo futuro do país.

Duas coisas poderão abaixar o alto espírito da mulher Cabo-verdiana no dia de hoje: primeiro, o conhecimento do facto de que, em termos de género, o estatuto das suas irmãs pelo mundo afora está maioritariamente aquém do seu; segundo, a superficialidade e o sentimentalismo barato de discursos como este.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O que é a pornografia?

A pornografia é, na sua definição estrita, uma representação gráfica de um acto sexual. Na vasta maioria das sociedades – mesmo nas democracias ocidentais, que são contemporaneamente as mais tolerantes para com conteúdos pornográficos – as representações públicas de conteúdo sexual são altamente reguladas pela lei e pelos costumes.

E é simples compreender porquê: o factor mais evidente é que crianças e adolescentes são também utilizadores do espaço público, mas as suas experiências, informação e maturidade são ainda insuficientes para processar adequadamente determinadas matérias – tais como o sexo, a violência, a dor ou a intoxicação – sem que isso represente uma ameaça para o seu desenvolvimento emocional e social.

Nas democracias, não é contestado o direito destas matérias a canais próprios de difusão; mas é rigorosamente regulado e fiscalizado – normalmente pela idade e pelo poder paternal – o acesso a determinados conteúdos, assim como a sua difusão nos espaços comunitários de acesso livre.

O que é pornográfico?

A Cruz Vermelha de Cabo Verde contratou a colocação, em vários pontos da cidade da Praia, de um outdoor que é parte de uma campanha de solidariedade para com as vítimas do terramoto no Haiti. O outdoor representa uma criança rodeada de destruição e nitidamente avassalada pela dor.

É perfeitamente adequado que hajam iniciativas de solidariedade desta natureza e é próprio, num mundo global, que a sociedade civil Cabo-verdiana seja chamada a contribuir com os seus esforços. O que não é de modo algum próprio é que o espaço comunitário seja utilizado para impor ao imaginário infantil matérias de conteúdo emocional violento e desorientador, quando este ainda não tem referências emocionais ou intelectuais para o tratar.

No que respeita os conteúdos sexuais, o preconceito generalizado que é patente na maioria das sociedades garante a regulação da sua difusão em espaços públicos. No que respeita a violência e a dor, os parâmetros de aceitação social são mais difusos; mas estes não deixam de ser conteúdos extremamente perturbadores para o imaginário infantil, conteúdos cuja presença em espaços comunitários deve ser igualmente regulada.

Preconceitos á parte, as representações gráficas (ou pornográficas?) de dor e de destruição podem ser muito mais prejudiciais para o imaginário infantil do que uma representação de conteúdo sexual. Se temos ao nosso dispor meios modernos de comunicação, temos que ser muito mais sofisticados na sua avaliação. Neste caso, quem deverá o poder paternal responsabilizar pela difusão, num espaço público, de um conteúdo impróprio? A Cruz Vermelha, que solicitou o espaço público, poderia ter tido muito maior sensibilidade para o canal de representação deste conteúdo; mas a responsabilidade recai sobre quem diferiu a solicitação sem uma avaliação correcta e abrangente do seu impacto.