Tem sido interessante verificar as reacções da Comunicação Social e de cidadãos ao anúncio, pelo chefe do Governo na tarde de 4ª feira 24.02, de alterações significativas na estrutura e no elenco governamental.
As publicações digitais nacionais – os únicos diários nacionais – publicaram a notícia de forma telegráfica, limitando-se a relatar a incidência da remodelação e a reproduzir as declarações das várias forças políticas. Nenhuma das publicações aventurou qualquer questão ou análise sobre os motivos a as implicações da remodelação: nada que contribuísse mais valia para a informação dos cidadãos.
Quanto ao teor dos comentários publicados pelos jornais online, é fascinante observar o nível de análise e intervenção política dos participantes. Ninguém se sente eticamente motivado a justificar a sua posição: os ataques são infantis, uma média entre a insinuação escabrosa e o insulto aberto; as defesas são simplistas, feitas na plataforma do “amor á camisola”. Na melhor das hipóteses, apresentam-se algumas tentativas de análise, feitas sem qualquer rigor ou fundamentação.
Não parecem haver em Cabo Verde quaisquer critérios – de relevância, ética, ou sequer de coerência – que rejam a publicação de comentários enviados pelo público. Seria interessante saber com que propósito os diários nacionais aceitam associar comentários de relevância tão questionável ao nome e á marca do seu jornal.
Qual é a questão de base que se põe aqui? Cabo Verde tem uma infra-estrutura de informação moderna: tanto os órgãos de comunicação social como cidadãos e instituições têm os canais e a tecnologia para difundir a sua opinião em real time. Mas que mais valia social terão canais e tecnologia se tivermos tão pouco para partilhar sobre uma das matérias que mais directamente afecta a vida dos cidadãos, a governação?
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Encontro sobre a Criação de um Sistema de Garantia Mútua em Cabo Verde (SPGM)
O Sistema de Garantia será alvo da discussão com a Banca, o BCV, Ministérios da Economia e das Finanças e integra-se no segundo eixo de actuação da ADEI: “ACESSO AO FINANCIAMENTO”. Visa a remoção dos constrangimentos no acesso ao crédito, nomeadamente no que se refere às condições de preço e prazos dos financiamentos obtidos.
Promotor: ADEI
Apoio: CCISS
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